[Resenha] Rosa & Túmulo — Diana Peterfreund

Sociedade Secreta – Rosa & Túmulo foi o livro de estreia da americana Diana Peterfreund e também o primeiro de uma série com um total de quatro volumes. Formada em Literatura e Geologia pela Universidade de Yale, Diana já foi crítica gastronômica, figurinista e modelo de capas. Fora os que fazem parte da série Sociedade Secreta, é uma das autoras de vários livros de contos, do recente For Darkness Shows the Stars e do conhecido Uma Manhã Gloriosa, adaptado para os cinemas em 2010.

Editora do jornal universitário, um tanto quanto exagerada e com um quase namorado insistente, Amy Haskel nunca foi muito interessada pelas sociedades secretas, ao contrário de sua colega de quarto. Tudo indicava que, como todos os editores que vieram antes dela, a sociedade a recrutá-la seria a Pena & Tinta. É claro que a sociedade literária terá interesse nela, certo? Certo? Hm, parece que não. Ela acaba sendo surpreendida ao ser convocada por uma turma de homens encapuzados e misteriosos que parecem, em sua maioria, não simpatizar muito com ela. Os sinais apontam para a sociedade mais influente e de maior prestígio de Eli… Isso aí, aquela formada apenas por homens. Rosa & Túmulo, Amy: aceita ou rejeita?

Por meio desta eu confesso: todos os capítulos começam deste mesmo jeito. E, aproveitando que comecei a tagarelar, confesso também que sei menos sobre sociedades do que Amy, que por sua vez não sabe quase nada que não se encaixe no campo das lendas. Fui meio jogada ali com a missão de começar a entender a coisa toda, mas, para a minha alegria (oi?), Amy também precisou aprender bastante, então já não estou na estaca zero. Os aspectos principais foram explicados e a levada é boa, então, caso algo tenha passando despercebido, não fez tanta diferença.

Rosa & Túmulo é um daqueles livros que você compra só para se divertir e que não deixa a desejar. Tem uma narradora um pouco sem noção, porém carismática, e algumas cenas típicas de filme de sessão da tarde. Lembrou-me bastante do estilo de alguns livros da Meg Cabot, com várias listas e um jeito sutil de falar diretamente com o leitor. As trapalhadas de Amy me garantiram algumas risadas, embora, ainda rindo, pudesse apertar seu pescoço até não lhe sobrar ar algum.

Tal como num filme da sessão da tarde (pode confiar em mim, eu já assisti muitos), você identificará facilmente o melhor amigo e a melhor amiga, encontrará aquela dose de suspense, de hormônios à flor da pele, um pouquinho de drama aqui, um aparente final feliz ali, uma bomba explodindo (não uma de verdade, claro), um “inimigo” a ser combatido, uma rixa antiga… E outras coisas nesse mesmo caminho.

Criando uma atmosfera muito agradável para o leitor, Peterfreund não traz nada de novo, nada que vá mudar sua vida, mas que talvez te segure ao ponto de você não ser capaz de parar de ler. Depois que a luz se ascendeu e eu saí do escuro da minha ignorância, a coisa foi melhorando, me conquistando, até que acabou. E, certo, não deve ser surpresa, mas por meio desta eu confesso: corri e comprei sua continuação.