Com mais de cinquenta livros publicados, a americana Karen Kingsbury é conhecida como consagrada autora best-seller de romances cristãos. Originalmente publicado em 2013, “A última chance” foi traduzido para diversas línguas e levado a vários país, como Holanda, Alemanha, Portugal e Brasil.
A única coisa que lhe dava forças para ficar em pé, o único motivo pelo qual ela conseguia respirar, era a velha caixa de metal enterrada entre as raízes da árvore. A caixa com as cartas e a possibilidade que permaneceria lá durante os próximos onze anos.A única chance dos dois, e também a última.
O livro desperta a esperança numa redenção com a qual muitos de nós sonhamos. Em contrapartida, fica difícil estabelecer conexões além dos limites da superficialidade quando três dos principais temas, isso envolvendo protagonistas e personagens secundários, são pouco realistas. Com a escolha de desenvolvimento da autora para a trama, um elemento parece “coisa de livro/filme”, outro ingenuidade e outro ainda falta de lógica,
Narrado em terceira pessoa, vale destacar as histórias paralelas à de Ellie e Nolan, que tratam das dificuldades do casamento e das consequências sofridas pela família como consequência das escolhas de seus membros. No entanto, os “prós” voltam a ser ofuscados pelos “contras” quando postos frente a frente com a lentidão que determina o ritmo o tempo todo. O acontecimento principal, por exemplo, é tão adiado que se torna mais fácil desapegar da expectativa e levar na base de “o que tiver que ser será”.
Karen é famosa por oferecer força e inspiração aos leitores, mas, olha, está aí uma coisa que poderia ter funcionado melhor em “A última chance”. Sim, ele é bem escrito. Sim, tem significado. Mas se pelo menos o percurso não fosse um campo minado de lições de vida… É nítido que a mensagem é mais importante que o mensageiro, porém fica a impressão de que a leitura se trata de um caso de “dever primeiro, diversão depois” da literatura. Desconfortável, eu diria. No mínimo. Em todo caso, acredito que o conjunto da obra tenha funcionado 100% bem. Deixando de lado o conteúdo religiso a ser apreciado por quem se identifica, não acredito que a leitura vá funcionar para todos.
3 Comments
Eduarda Lins
17 de outubro de 2014 at 17:12Kimberlly, que nome lindo *-*
Eu nunca tinha ouvido falar desse livro, mas me interessei. Quero pra mim ♥ Obrigada pela dica. A Resenha ficou ótima.
Beijos, flor
http://www.eduardalins.com
Aline Ramos
25 de outubro de 2014 at 02:07Oi Kim, tudo bom?? #Eu vi a capa dese livro, eses dias e achei linda… Essa é a primeira resenha dele que leio. E estou encantada pela história… Foi impossível largar sua resenha, pois me apaixonava pela trama mais e mais..Só fiquei preocupada por sua ressalva quanto à leitura.. Mas, desejo ler e ter esse livro..
Bjs e parabéns pela resenha, ficou ótima.
Rafaela.
28 de outubro de 2014 at 21:56Oi, Kim (minha gêmula)!
A história é bem interessante, apesar dos óbvios clichês. 🙂 É uma pena que a autora não tenha desenvolvido bem alguns pontos e tenha exagerado em outros.
Beijocas.
http://artesaliteraria.blogspot.com.br