O amor pode ferrar bastante com você antes que descubra como conviver com ele. E uma vez que você descobre, fica se perguntando como conseguiu viver até ali sem ele.
“Mar de rosas” é previsível, fraco no único ponto de virada “sem quê nem porquê” e com um romance que ainda perigava não deslanchar mesmo depois de tecnicamente engatado! Tudo graças à falta de química dos protagonistas. Aliás, química essa que não deve ser julgada à exaustão, pois quase tempo nenhum foi dedicado a trabalhar a coitada o bastante, de forma que se tornasse convincente. É mais provável que a conexão leitor-personagem aconteça mais pelo apelo de experiências anteriores da união espírito livre + romântico(a) incorrigível do que pelo caso de Jack e Emma em especial.
O livro é raso, basicamente arco-íris, unicórnios e balinhas carameladas. Ainda faço minhas pesquisas para tentar entender a cabeça da Emma. O clímax é rápido demais e fora de proporção. Quanto desperdício por falta de comunicação e projeção de expectativas. Quando finalmente acontece algo, levando-se em conta o tempo que se passou e o histórico dos personagens, não dá para acreditar. Está aí imprevisível — só não de forma positiva. Depois da surpresinha, para balancear, o desfecho é exatamente o que se supõe que acontecerá lá na primeira página.
A história é diferente, trata de pessoas diferentes, mas essa ainda é uma quadrilogia. Se comparado ao volume anterior, “Mar de rosas” é um tropeço. Uma pena, para o leitor, para a autora e para “Álbum de casamento”.
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