[Resenha] A Seleção — Kiera Cass

O mundo que
America Singer conhece já enfrentou mais do que apenas duas grandes guerras e é
dividido por castas. De Um a Oito, as pessoas são classificadas, vistas como
números, presas a funções e valores na sociedade. Quanto mais baixo é o nível
da casta, mais difícil é mudar de situação. As regras sob as quais o povo deve
viver são claras e rígidas, especialmente no que diz respeito ao relacionamento
amoroso entre pessoas de castas diferentes, mas America, uma Cinco, é capaz de quebrar
regras de vários tipos em nome do amor que sente por Aspen, um Seis. Um amor
que, após dois anos de segredo e sonhos, é ameaçado por uma carta que poderá fazer
de America uma das 35 participantes da Seleção. Caso vença a competição, a garota
subirá de casta e acabará com os problemas financeiros da família, porém terá
que deixar Aspen para trás para se tornar a futura esposa do príncipe de Illéa, Maxon.

Mas, como nem tudo são flores, há coisas pequenas (e outras nem tanto) que impedem o livro de ser perfeito. Por exemplo: levei um susto com o jeito com que a protagonista se contradiz. Não acontece muitas vezes, quase
não dá para perceber, já que é bem sutil, mas a contradição está lá. De qualquer forma,
isso é fichinha perto do problema que se revelou no final. O fato de o livro ser
o primeiro de uma trilogia não justifica o quão mal finalizado ele foi. Temo
pelos que estão por vir. O gancho para The Elite é tão fraquinho que
umas páginas a mais em A Seleção
acabariam com ele.

As pouquíssimas horas que levei para ler A Seleção foram bem gastas. A história não é a mais original do mundo, mas é gostosa de acompanhar. E, mesmo depois final que não é lá um final de verdade, ainda tenho esperanças de que a autora vá inventar alguma coisa maravilhosa partindo do ponto em que parou. é esperar para ver.

Título original: The Selection

Editora: Seguinte

Número de páginas: 368

ISBN: 9788565765015